terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Eu me oponho a esquerda totalitaria e burocratica



Sou um homem de esquerda, sou socialista. Mas não sou cego para não enxergar os erros que a esquerda cometeu e ainda insiste em cometer. Nem sou hipócrita para condenar os crimes da direita, mas minimizar os crimes da esquerda considerando-os apenas como erros.

A esquerda erra grosseiramente ao agir como hipócrita com relação ao maoismo, reconhecendo apenas que Mao Tse Tung cometeu erros, quando deveria era reconhecer que esta besta humana cometeu crimes hediondos contra a humanidade, e assim condenar a barbárie maoista. Felizmente a maior parte da esquerda condena o stalinismo, reconhecendo seus crimes hediondos. Entretanto os comunistas do PCB e do PCdoB, insistem em defender Stalin, afirmando que cometeu apenas "erros" e pior, que não foi o responsável direto pelo fracasso do socialismo soviético. É muita hipocrisia e cinismo.


Resenhas: Memórias Selvagens, de Jung Chang

Bernardo Kucinski*

Todos nós, que amávamos a revolução, temos que ler Cisnes Selvagens, de Jung Chang. Seu impacto foi enorme na Europa, exatamente por ser um livro necessário. Se ele passou até agora relativamente desapercebido no Brasil, não deve ser por acaso. Deve ser porque ainda nos recusamos a abandonar nossos mitos.

Trata-se de uma leitura dolorosa, porque o tempo todo somos tomados por perguntas sobre nós mesmos. Como pudemos nos deixar enganar tanto, e durante tanto tempo? Como podemos admirar tão profundamente a Revolução Cultural chinesa, que humilhava velhos professores de barbas brancas, e levava ao suicídio militantes dedicados do Partido Comunista, que transformava jovens educados em imbecis raivosos e petulantes, que encobria através de uma onda de terror sofisticado, a incompetência e a senilidade de Mao Tsé Tung?

Mas, Cisnes Selvagens é, acima de tudo, uma narrativa fascinante e um modelo de pesquisa histórica. A autora, Jung Chang, chegou a pertencer à "Guarda Vermelha" enquanto seu pai, dirigente comunista, era levado à loucura pela Revolução Cultural. Com uma bolsa de estudos na Inglaterra, sob a evidente influência da nova literatura feminista, Jung Chang decidiu passar suas idéias a limpo, pesquisando a história de sua família como parte da história da própria China. Começou com a avó, Yu Fang, que aos 15 anos de idade, em 1924, foi obrigada por seu pai a casar-se com um "general-caudilho", que já tinha três outras mulheres. Esse era um tempo em que vastas regiões da China viviam sob o domínio de bandidos ou chefes políticos igualmente cruéis e corruptos. O avô de Jung Chang foi um deles. Esse era um tempo, também, em que as mulheres ainda eram obrigadas a esmagar e manter amarradas as articulações dos pés, para que seu andar fosse tão gracioso como o deslocamento dos cisnes nas águas de um lago tranqüilo.

Mas são dois protagonistas masculinos que mais se destacam na narrativa feminista de Jung Chang: o Dr. Xia, praticante da medicina tradicional chinesa, com quem a avó de Jung Chang casou-se depois de abandonada pelo "general-caudilho", e seu pai, o "camarada Wang Yu", um filho de pequenos fabricantes de tecidos que desde jovem se juntou ao Partido Comunista Chinês. Através de atitudes do Dr. Xia, um terapeuta competente que emerge como uma espécie de sábio, ou o "homem bom" da história, temos um retrato dos costumes e da moral, da importância da família como instituição básica da sociedade chinesa, durante toda a primeira metade deste século.

Através do pai, um amante de livros e do Partido Comunista, um asceta, que cumpria com rigidez monástica os preceitos e normas do partido, temos um painel sugestivo e emocionante do período, por assim dizer, construtivo da Revolução Chinesa, o período que começa com a Longa Marcha de 1934 e vai até a derrota de Chang Kai-Chek e a proclamação da República Popular da China, em 1949. Um período em que o movimento comunista coloca-se como única força capaz de derrotar a corrupção e o banditismo que haviam se apossado da China.

A personalidade de sua mãe, Bao Qin, não aparece com a mesma força e nitidez, apesar de sua história ser igualmente dramática - e com alguns lances tragicômicos. Bao Qin foi a filha de Yu-Fang com o tal "general-caudilho", e, como estudante, havia se engajado em algumas ações clandestinas nos últimos meses da luta dos comunistas contra os japoneses. Foi numa dessas ações que conheceu o futuro marido, "camarada Wang". Seu casamento "comunista", foi seguido de longas marchas, nas quais Wang, como oficial do partido, tinha direito a um jeep, mas não podia dar carona para sua mulher, já grávida, porque isso significaria nepotismo. Foi assim que Bao Qin perdeu o primeiro filho, num aborto provocado por um marcha estafante. Houve, também, longos intervalos de separação, determinados pelo partido. Antes de serem marido e mulher, eram quadros dirigentes, e tinham assim, que obedecer regras superiores.

Segundo Cisnes Selvagens, Mao Tsé Tung começou a fazer besteiras logo depois da vitória contra o Kuomitang. Especialmente depois da guerra da Coréia. Eu ainda me lembro da história das mini-usinas de aço chinesas, que nos eram apresentadas no Brasil como a mais humana e inventiva forma de industrializar um país como a China. Em Cisnes Selvagens esse episódio marca o primeiro grande fracasso da Revolução, pois, milhões de camponeses foram levados a abandonar suas lavouras, para catar lenha e produzir aço em mini-usinas. O plantio da safra de 1958 foi totalmente abandonado e seguiu-se a fome generalizada. As estimativas são de que 30 milhões de camponeses podem ter morrido, desnecessariamente, como resultado do "Grande Salto Para Frente" do Presidente Mao. Nessa época, a intimidação política, através de campanhas resumidas em slogans canônicos, torna-se um método estabelecido de dominação e controle político e social. É a campanha para "suprimir os contra-revolucionários", depois a campanha dos três "anti", e depois dos cinco "anti", até chegarmos à campanha diferente do "deixem que floresçam cem flores", em 1965. Infelizmente, quem caiu na besteira de se expor, acreditando na história das cem flores, acabou vítima da campanha seguinte, a mãe de todas as campanhas, a Revolução Cultural.

A Revolução Cultural é entendida como uma maquinação de Mao, para restabelecer um poder abalado pelo fracasso do "Grande Salto para Frente" e outros fracassos, e como uma operacionalização do profundo culto de personalidade, de caráter religioso, à figura de Mao.

Foi uma campanha ao mesmo tempo de jovens contra adultos, de arrivistas contra veteranos, de oportunistas contra ingênuos. Todos os maus espíritos escondidos no interior das pessoas, adormecidos na fase da luta contra o Kuomitng, despertaram e correram soltos durante a Revolução Cultural.

O pai de Jung Chung é uma das vítimas. Obrigado a centenas de autocríticas kafkianas e intermináveis, preso, humilhado, desterrado, acaba por enlouquecer. A mãe também é submetida a humilhações e privações. Ao ponto de ousar dirigir-se a Pequim e apelar diretamente a Chu En Lai.

Um pequeno detalhe foi o que mais me chamou a atenção nessa parte do relato, um aspecto de rito da Revolução Cultural e do PC que tem muito a ver com o nosso PT, e que nos ajuda a entender uma das facetas do nosso partido. Trata-se do seguinte: durante todo o processo de perseguições, prisões e castigos a que a família foi submetida pela Revolução Cultural, Wang perdeu todos os seus cargos, mas nunca foi despojado de seu status, de membro do Partido Comunista, e membro dentro de uma faixa hierárquica bem determinada na nomenclatura partidária. Seus salários nunca deixaram de ser depositados na sua conta bancária e seu direito de morar no conjunto habitacional dos dirigentes do partido nunca foi cancelado (justamente por pertencer ao partido, o camarada Wang foi submetido a tanta humilhação). O status da mulher, Bo Qin, era menos nítido porque ela só foi admitida muito tardiamente no partido, e nunca ficou plenamente estabelecido que sua lealdade ao comunismo era total.

Com toda a carga crítica, Cisnes Selvagens não é um livro de ressentimentos e sim de sentimentos. Não é um livro "anticomunista", na linha do conhecido O Deus que falhou, pós-Muro de Berlim, que faz a exegese de um dos mais impressionantes processos revolucionários deste século. Não vá à luta sem ele.


*Bernardo Kucinski é jornalista e membro do Conselho de Redação de Teoria & Debate



Os segredos do czar vermelho
por Silio Boccanera

19/8/2004

Quando Saddam Hussein, vilão do momento, reaparece na mídia internacional, capturado na toca subterrânea de Tikrit ou acusado no tribunal em Bagdá, a imaginação coletiva desperta a memória de Josef Stálin, parâmetro definitivo de líder totalitário e cruel. A comparação nada tem a ver com os fartos bigodes.

Stálin era o ídolo de Saddam, admiração confessada abertamente e ilustrada pelo relato de um líder curdo que visitou os aposentos pessoais do líder iraquiano, nos anos 80. Lá encontrou várias prateleiras de livros sobre o tirano soviético, em traduções para o árabe especialmente encomendadas. Quando Saddam foi à União Soviética, insistiu em conhecer as vilas que Stálin usava em viagens ao mar Negro.

Tiranos não se reproduzem como fotocópias, mas os paralelos históricos são curiosos, como o fato de que os dois líderes nasceram em locais relativamente próximos: Tikrit, no Iraque, fica a apenas 800 quilômetros de Gori, na Geórgia. Ambos são filhos de pais violentos que os agrediram na infância. Saddam começou o ativismo político como assassino profissional a serviço do Partido Baath, Stálin assaltava bancos para o movimento bolchevique. Os dois tinham uma determinação cega de eliminar à força todo obstáculo - material ou humano - à sua conquista de poder total e não hesitaram nem em matar parentes.

Saddam nunca alcançou nem a habilidade política de Stálin nem a influência internacional que o líder soviético teve. O deposto presidente iraquiano fica para trás até na comparação do nível de devastação que conseguiu atingir. Afinal, provocar a morte de 1 a 2 milhões de iraquianos, iranianos e curdos (na guerra de oito anos contra o Irã, no ataque de gás venenoso em Halajba ou nos regulares massacres internos) não chega perto do recorde de Stálin em acabar com a vida de 20 a 30 milhões de soviéticos, inclusive amigos e membros de sua própria família.

Como paradigma de brutalidade e autoritarismo, Stálin tem poucos concorrentes na história. Hitler chega perto, mas até regredindo alguns séculos é difícil encontrar paralelos para o "homem de aço" do Kremlin. Leon Trotsky, seu adversário político, testemunha de horrores e por fim vítima fatal dele, dizia: "Stálin é Gengis Khan com telefone".

Desafio aos historiadores que até hoje tentam entendê-lo e explicá-lo, Stálin, o homem e o político, é dissecado numa biografia recém-lançada em paperback no Reino Unido - Stalin: The Court of the Red Tsar (Stálin: A Corte do Czar Vermelho), de Simon Sebag Montefiore, editora Phoenix, Londres -, destinada ao mesmo sucesso de crítica e público que teve a versão hardback, resenhada nesta revista em setembro de 2003, por Hugo Estenssoro, com a competência habitual.

Pretendemos aqui complementar a resenha, discutindo com o próprio autor do livro as conclusões a que ele chegou sobre Stálin depois de vários anos de pesquisas,
que incluíram acesso a documentos até então secretos dos arquivos soviéticos e entrevistas com descendentes de Stálin e de pessoas próximas ao líder soviético, morto em 1953, de hemorragia cerebral.

Pobre, filho de um sapateiro que o maltratava, Stálin estudou para ser padre, mas trocou o seminário pelo marxismo revolucionário e se transformou no líder supremo do comunismo internacional durante três décadas. Sua tirania foi absoluta, suas decisões eram incontestáveis, e sua influência sobre o movimento comunista internacional se revelou imensa. Comunistas do mundo inteiro seguiam suas recomendações como arauto de uma verdade incontestável e uma suposta "ciência da história" que não admitia desvios.

A base da força, na marra, usando até trabalhos forçados de prisioneiros políticos, Stálin industrializou um país atrasado, ajudou a derrotar o nazismo e criou uma superpotência nuclear. Invadiu e ocupou vários países da Europa Oriental, onde impôs sua versão de socialismo real, autoritário e repressor, que duraria até os anos 90.

Meio século depois de sua morte, aos 76 anos, Stálin permanece uma sombra na Rússia de hoje, mesmo diante das provas sobre seus abusos. O ex-camponês que sucedeu o mítico Lênin como líder do maior país do mundo é ainda admirado por muitos russos. Permanece herói de gente saudosa de um período em que a ordem interna era absoluta e a União Soviética despertava medo e respeito.

Uma pesquisa de opinião realizada na Rússia no ano passado revelou que se Stálin fosse vivo e disputasse eleições presidenciais teria 26% do voto popular. Trata-se de nostalgia pela pessoa de Stálin, não pela ideologia que ele defendia, porque o comunismo em si foi rejeitado maciçamente nas eleições russas de março último: o partido caiu de 113 para 51 cadeiras no Parlamento, e seu candidato presidencial, Gennadi Zuganov, só teve 13% dos votos contra 71% para Vladimir Putin.

Para a esquerda no mundo, Stálin ainda serve de referência do bem ou mal. Para os críticos, a experiência dele mostrou como projetos utópicos para uma sociedade, mesmo com supostas boas intenções, podem acabar em totalitarismo e banho de sangue. Na outra ponta, admiradores renitentes insistem que seu desempenho mão-de-ferro foi indispensável para mudar uma sociedade atrasada. Fãs do líder soviético, ingênuos ou mal informados, ainda tentam alegar que os crimes imputados a ele nunca ocorreram, em clara demonstração de que a fidelidade ideológica às vezes provoca cegueira diante de fatos comprovados.

Quem foi este homem, político, ideólogo, estrategista militar e tirano brutal?

Louco não era, afirma o biógrafo Montefiore, contrariando especulações de alguns analistas diante da enormidade dos crimes no currículo de Stálin e o possível efeito da infância terrível que ele teve na Geórgia. Deveria se tornar padre, como queria a mãe, mas, nos intervalos entre as aulas de teologia no seminário, teve os primeiros contatos com as teorias revolucionárias marxistas que passaram a guiar sua vida.

"Era vingativo, megalomaníaco, obsessivo, egoísta e via inimigos por todo lado. Mas doido? Não, era muito eficiente para ser doido."

Quando Hitler se suicidou, perguntaram a Stálin se achava que o adversário nazista tinha sido um louco. Respondeu que ninguém com a eficiência demonstrada em comandar o povo alemão podia ser doido. O mesmo se aplica a Stálin e seu comando dos soviéticos durante 30 anos.

Montefiore reconhece que Stálin tinha uma personalidade perturbada.

"Sofria de paranóia", nota Montefiore. "Mas isso era uma das características da experiência bolchevique em geral. Diante de inimigos que cercavam as pessoas e o regime, os bolchequives achavam que era preciso ser brutal, duro, vigilante."

Isso tudo Stálin foi, ao conquistar poder absoluto e governar a União Soviética com punhos de aço. Sua reputação de brutalidade chamou a atenção de Lênin nos primeiros momentos da revolução bolchevique, quando a guerra civil no país tornava conveniente ter um subordinado de mão firme. Quando Lênin mais tarde percebeu as manobras de Stálin para substituí-lo no comando, tentou impedir, mas já estava muito doente e não conseguiu segurar a ascensão política do subordinado, que agiu nos bastidores para eliminar concorrentes como Trotsky e assumir poder completo.

"Muitos historiadores se esquecem de que Stálin sabia lidar com as pessoas, demonstrava enorme interesse por elas, deixava passar a impressão de que eram o centro do mundo dele", diz Montefiore.

Segundo o historiador, quando Stálin ia à casa de alguém, sabia os nomes das crianças, punha os pequenos para dormir, assegurava-se de que a calefação estivesse funcionando, ou mandava consertar. Aparecia na casa das pessoas o tempo todo e perguntava se estava tudo bem, se preferiam se mudar, se precisavam de carros. Detalhes triviais, mas que conquistavam as pessoas.

Brilhante defensor de uma causa que se desfigurou ou gênio do mal?

Segundo Montefiore, o que motivava Stálin era uma enorme autoconfiança e uma crença quase religiosa no marxismo.

"Ele acreditava que seu destino e sua ascensão ao poder eram sinônimos de tudo o que havia de correto no marxismo-leninismo. Tinha uma fé religiosa nisso, como se fosse um aiatolá de sua época. É curioso que, como ele, vários chefes bolcheviques tiveram formação religiosa."

Líderes nacionais acusados de crimes brutais costumam apelar para uma variação curiosa da velha desculpa "eu só estava cumprindo ordens", adotada habitualmente por soldados e oficiais acusados de atrocidades. Os chefes distorcem a explicação do mal cometido dizendo algo como "isso foi iniciativa de gente abaixo de mim" (Slobodan Milosevic diante da limpeza étnica servia). Ou então "fui informado pelo rádio" (Saddam no tribunal, diante da acusação de ter matado a gás a população de Halajba). Em outro patamar, mas ainda ilustrativo da desculpa dos chefes: "os responsáveis são apenas algumas maçãs podres" (Donald Rumsfeld diante das torturas por tropas americanas no Iraque, no Afeganistão e em Guantánamo).

Seria possível conceber que Stálin não soubesse dos crimes cometidos durante seu regime? "Não pode mais haver dúvidas de que ele sabia de tudo", assegura Montefiore. Mais do que demonstrar que Stálin conhecia os crimes, os documentos recentemente liberados dos arquivos soviéticos revelam a participação pessoal dele nos abusos. Há documentos, com a letra de Stálin, ordenando a prisão de pessoas e listas de condenados à morte assinadas por ele.

Além de enviar milhões de pessoas anônimas à morte por decisão política (como os agricultores considerados ameaças ao regime e outras pessoas tratadas como opositores políticos), Stálin tinha listas pessoais de vítimas para serem executadas. O nome maior entre elas: Trotsky, assassinado a mando do ditador no México, onde tinha se exilado para fugir da perseguição de Stálin.

Brutalidade maior, porém, foi Stálin dar ordens para executar membros da própria família. Tratou mal suas mulheres, levou um dos filhos a tentar suicídio e deixou que outro, capturado pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, permanecesse no cativeiro, embora os alemães tivessem oferecido trocá-lo por oficiais nazistas presos. A filha Svetiana, supostamente sua favorita, fugiu para o Ocidente muitos anos depois da morte dele e passou o resto da vida insultando o pai e o regime comunista.

"Hoje sabemos muito sobre o que ocorreu, e está claro que aquele foi um dos regimes mais criminosos da história. E quem dava as ordens era Stálin", afirma Montefiore.

Publicado na revista Primeira Leitura, edição de agosto de 2004

Stalin: The Court of the Red Tsar
de Simon Sebag Montefiore
Editora Phoenix, Londres
816 pp

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